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MASSA PARA QUICHE – PROTEICA E LOW CARB

Sim; você leu bem: as palavras Massa e Proteica em uma mesma frase! Portanto, hoje faremos massa para quiche proteica e low carb

quiche Quiche de Cogumelos e Abóbora
📸 @mariliaarchangelo

Eu não sou aquele tipo de pessoa de defende a demonização de determinados tipos ou grupos de alimentos, afinal, quem sou eu para discordar do Paracelso com aquele tantão de “diplomas” que ele tem (médico, físico, alquimista, astrólogo, ocultista – ufa! -) que dizia que: “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose”.

Então, eu, defensora do bom senso e equilíbrio, de carteirinha, assino embaixo.

trigo  Trigo
📸 Nupur Das Gupta/CCommons

PORÉM, CONTUDO, ENTRETANTO, atire a primeira pedra quem nunca ouviu falar mal do tal do glúten; mas eu não vou falar mal dele não, apenas que, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, hoje existe 20 vezes mais glúten, no trigo, do que existia há 40 anos; isso porque, visando maior eficiência na produção, o cereal vem sendo modificado geneticamente desde a metade do século XX, até hoje. Pra você ter uma ideia, entre as décadas de 60 e 70, após uma grande perda produtiva no México e EUA, o trigo passou a ter 14 tipos de glúten que não existiam no original; então imaginem se nosso corpo modificou-se geneticamente, nessa mesma velocidade para suportar essa bomba de glúten: é claro que não!

Somada à essa mutação genética, o consumo, de trigo, cresceu muito, no Brasil, passando de 30 para mais de 60kg ao ano; além de consumirmos majoritariamente trigo refinado, que faz com que o cereal perca fibras e vitaminas, no processo de refino.

Dito isso, muitos médicos apontam que essa mutação passou dos limites e nosso corpo não está dando conta de lidar com isso, o que causa desde cansaço, até artrite, desconforto abdominal, dermatite e, pasme: já estão associando a doença celíaca à danos cerebrais, causados pela má absorção de nutrientes que a doença causa. Segundo a Universidade de Sheffield, na Inglaterra, em 13 anos de pesquisas, os cientistas acompanharam 500 pacientes que sofriam ataxia cerebral (doença que resulta em perda da coordenação motora e degeneração cerebral) e os resultados foram os seguintes: 20% dos pacientes apresentavam sensibilidade ao glúten. Considerando os casos mais graves, a porcentagem era ainda maior: 45%. Durante essas pesquisas, descobriram que pacientes com esquizofrenia e autismo também podem ser afetados por proteínas como o glúten e a caseína (presente no leite).

MAS, CALMA!

Lembre-se do multi diplomado Paracelso: “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose” e um pãozinho ou bolo bem macios do jeito que só o glúten é capaz de transformar na mais linda alquimia gastronômica, em pequenas doses não faz mal à ninguém (somente aos celíacos, claro!)

massa quiche Massa de Quiche Protéica
📸 @mariliaarchangelo

Então vamos lá, à uma receita que dispensa totalmente a mágica culinária que o glúten realiza, pois mesmo ignorando-o, temos um resultado de massa perfeita que pode ser usada para quiches, tortas, empadas, …,  com os mais variados recheios.

Massa Protéica de Grão de Bico, para Quiches

Ingredientes:

1 xícara de Grão de Bico Cozido drenado

0,5 xícara de Farinha de Aveia

1 colher de sopa de azeite

1 ovo de linhaça (ou chia)

– 1 colher de sopa de farinha de linhaça (ou chia)

– 2 colheres de sopa de água

– Deixar hidratar por 30 minutos

Temperos à gosto: sal, pimenta do reino, páprica defumada/doce/picante, cúrcuma

Modo de Preparo:

  1. Processe o grão de bico (ou amasse), até formar uma pasta homogênea
  2. Adicione o ovo de linhaça e misture
  3. Vá adicionando a farinha de aveia, aos poucos, até que a massa esteja moldável – aqui, a quantidade de aveia pode variar um pouco para mais ou para menos, pois tratando-se de alimentos naturais muitas coisas podem interferir, como: maturação do vegetal, umidade do ar, umidade do vegetal, …
  4. Abra a massa, com os dedos, em forminhas untadas com azeite, preferencialmente de fundo removível
  5. Leve ao forno, pré aquecido a 200 graus de 15 a 20 minutos ou até que a massa não esteja mais mole.
  6. Recheie-a com o que desejar… Vou postar algumas sugestões para vocês, ao longo do tempo por aqui, tá bom?

Se você tiver alguma dúvida, escreve pra mim, nos comentários, que vou adorar te ajudar!

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Mostrando 4 comentários
  • cs.amorim - Carol
    Responder

    Tudo em excesso faz mal! Acertar a dose é a questão . Adoro a forma como escreve e repassa as infos.

    • Marília Archangelo
      Responder

      Exatamente isso, Carol!
      Que bom saber, obrigada ❤️

  • Ingrid | in-green.net
    Responder

    Obrigada Marilia pela dica! Adorei e vou provar
    Depois te conto!

    • Marília Archangelo
      Responder

      Oiii, Ingrid!
      Eba; me conta sim! ❤️

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